Robertha Haddad Blatt, Campo sagrado, 2018
Tecidos, madeiras e ímã, sessões de meditação, blocos de papel e canetas coloridas, som








Campo sagrado é uma obra site-specific montada no contexto da exposição que a artista realizou no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. A instalação multimídia consistiu em um processo imersivo no museu, onde a artista permaneceu presente durante o expediente da instituição e a duração do projeto. Sendo acolhido em um caminho espiralado, o público entrava na espacialização de um desenho traçado no consultório da artista durante uma sessão de terapia familiar. No chão, colchas foram espalhadas em forma de círculo, convidando ao silenciamento de impulsos e ao contato com o sagrado inerente à vida. A instalação funcionou como um rito de passagem, por meio do qual corpo e espaço se confundem e geram experiências que transcendem o tempo presente. Campo sagrado também foi composta por uma espiral de tecidos translúcidos que acolheu os visitantes em sua transparência sutil, enquanto luzes amarelas, laranjas e vermelhas transpunham os planos, em sintonia com uma instalação sonora que convidava à meditação. Ao propor a dilatação do tempo, a artista sugere o desacelerar como um gesto de entrega, considerando o percurso interior que promove encontros consigo durante a escuta do ritmo interno e da percepção aguçada que ocorre no espaço da instalação.





